Dois homens que moravam em um pequeno povoado tiveram uma grande desavença e não conseguiam chegar a um acordo. Por fim decidiram procurar um sábio para ver quem tinha razão. O primeiro homem foi ao sábio e contou sua versão do acontecido. Ao terminar, o sábio respondeu: “você tem toda a razão!”. No dia seguinte o outro homem foi procurar o sábio e lhe contou tudo de acordo com o seu ponto de vista. O sábio lhe respondeu: “você tem toda razão!”. Quando e esposa do sábio ficou sabendo das respostas que ele havia dado, disse-lhe: “Estes homens contaram duas versões totalmente contraditórias e você garantiu a cada um deles que tinha razão. Isto é impossível! Os dois não podem estar certos!” Calmamente o sábio respondeu para sua esposa: „Você tem toda a razão!“
Não é exatamente isto o que estamos vendo com cada vez mais freqüência em nossa sociedade? Procurando agradar a todos, sob o pretexto da tolerância, conceitos claramente contraditórios e exclusivos são considerados verdadeiros. Esta exaltação da tolerância acaba por diminuir o valor da verdade e por incutir nos homens um perigoso relativismo (atitude ou doutrina que afirma que a verdade não é absoluta, mas sim variável, dependendo da época, do lugar, do grupo, etc.). A verdade se tornou em algo pessoal, e assim frases como esta são muito comuns: “Se você acha que Jesus é Deus, isto pode ser verdade para você, mas não é verdade para mim!”.
Sabemos qual é a fonte desta vil filosofia: ninguém menos que o pai da mentira. Por isto devemos ficar muito atentos. Por mais que soe politicamente correto dizer que cada religião tem o seu valor; por mais que pareça nobre e tolerante sustentar que as religiões são diferentes, mas Deus é um só, e a fé de cada um é que vale; a verdade continua sendo uma só: “em nenhum outro há salvação (além de Jesus), porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. Atos 4:12
Jesus pregou e viveu a tolerância. Ele se dedicou a ajudar os que estavam lutando contra suas fraquezas, sem nunca tolerar o pecado. Mas ao mesmo tempo afirmou: “Eu sou... a verdade”; “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”; “Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade”. Existe uma verdade independente, não relativa, e o profeta Zacarias nos exorta: amai, pois a verdade e a paz (Zc 8:19). Não devemos amar a paz em primeiro plano, e depois, caso possível, a verdade, mas sim, primeiro a verdade e depois a paz. Se sacrificarmos a verdade por amor à paz, teremos uma paz sem fundamento...
Somos a luz do mundo, a luz que ao mesmo tempo reflete e revela a verdade, por isto precisamos nos esforçar ainda mais para conhecer, viver e proclamar a verdade.
Se você ainda não fez o curso: “A doutrina da Salvação” gostaria de encorajá-lo a iniciar hoje mesmo este estudo. Você será grandemente abençoado!